25/09/2011

Bebado totalmente

Vagueio de bar em bar junto ao mar,
Entro em uns e outros também,
Bebo vodka ou rum e cerveja,
Começo a ficar embriagado e turvo,
Saio do balcão do bar para a rua,
Já dou um para a frente
E dois para trás...
Saiu já de costas viradas,
Encostado ás paredes coloridas,
Pesam-me as pernas sem movimentos,
Vejo luzes que não vi antes,
Quase totalmente bebado,
Mais uns copos e fico a cem por cento,
Estou na rua a olhar para as paredes,
Ando para trás e atravesso a rua,
Piso a areia húmida pela brisa da noite,
Encontro-me na praia,
Caminho para o mar de costas,
Um para a frente dois para trás,
Ops pareço um caranguejo ,
Sinto a água fria a tocar-me
Vou afundar-me no oceano,
De tão afogado em álcool que estou,
Começo a rodar o corpo a custo,
Sinto-me a mudar de rota,
Novamente sigo para terra firme,
Um para a frente dois para trás,
De novo atravesso a estrada,
Direito vou entrar noutra porta,
Outro bar e mais um vodka ou rum,
Venha qualquer bebida forte,
Minha garganta está seca,
Bebo para humedecer a sede,
Mas fico mais bebado ainda,
Já nem sei onde estou nem quem sou,
Um para a frente e dois para trás,
Embriagado de tudo sigo caminho,
Outro bar chama-me para si,
Bato num lado e noutro mas entro,
Bebo para secar a garganta,
Mas seco também o corpo,
A alma parece-me fugir do corpo,
Desta vez sou obrigado a sair,
Vou para a estrada escura pela noite,
Um para a frente dois para trás,
Não oiço,
Não vejo,
Bato em algo ou algo bateu-me,
Não sei...
Estou inconsciente...
Que sensação...
Não sinto nada...
Onde estou?

Alberto RCorreia

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