18/04/2013

Laje no mosteiro de Alcobaça



Abril 1606. O nº 1 está desgastado. Refere-se a Frei Bernardo de Brito da Ordem de Cister, mandado estudar para Coimbra pelos seus superiores. Dedicou-se com afinco ao estudo da história, tanto assim que ficou Doutor em Teologia em 12 de Abril de 1606. Concebeu uma grandiosa história de Portugal, começando desde o princípio do mundo, mas apenas publicou os dois primeiros volumes, a primeira parte em 1597 e a segunda em 1609. O Rei de Espanha nomeou-o Cronista Mor do Reino por Carta de 12 de Julho de 1614. Frei Bernardo de Brito chamou-se na vida civil (no século, como então se dizia) Baltasar de Brito de Andrade. Nasceu em Almeida em 13 de Setembro de 1568 (segundo Frei Fortunato de São Boaventura), sendo filho de Pedro Cardoso e de Maria Brito de Andrade. Ainda muito jovem, seu pai mandou-o estudar para Roma onde permaneceu alguns anos. Em 1985, ingressou na Ordem de Cister e foi mandado estudar para Coimbra pelos seus superiores. Entretanto, dedicou-se com afinco ao estudo da história, tanto assim que apenas ficou Doutor em Teologia em 12 de Abril de 1606. Concebeu uma grandiosa história de Portugal, começando desde o princípio do mundo, mas apenas publicou os dois primeiros volumes, a primeira parte em 1597 e a segunda em 1609. O Rei de Espanha nomeou-o Cronista Mor do Reino por Carta de 12 de Julho de 1614. A sua obra foi muito criticada. Embora a sua escrita fosse perfeita, como historiador deixou bastante a desejar, o que não admira, dada a falta de documentos históricos. O seu principal crítico foi Diogo de Paiva de Andrade, que, ressaibiado por não ter sido nomeado Cronista Mor do Reino (sucedendo assim a seu pai, Francisco de Andrade) publicou Exame de Antiguidades (ver bibliografia), onde o critica asperamente, limitando-se, porém, a visar o livro I da Primeira parte. Frei Bernardo de Brito não quis ou não teve tempo de lhe responder, pois veio a falecer na sua terra natal em 27 de Fevereiro de 1617. Diogo de Paiva de Andrade não prosseguiu a sua obra. Contra Diogo de Paiva de Andrade, veio a público defendê-lo o seu confrade Fr. Bernardino da Silva que publicou a “Defensão da Monarchia Lusitana” em duas partes, a primeira publicada em Coimbra em 1620 e a segunda em Lisboa em 1627, obra muito apreciada pelos críticos, pois está bem escrita em “linguagem correcta e elegante, quanto o permite o assunto; e que o autor advogou a sua causa do melhor modo que lhe era possível” (Inocêncio). Para mais detalhes, consultar Barbosa Machado.

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